Valor:
Cr$ 5.000,00
Anverso: |
Efígie de Antônio
Carlos Gomes
(1836-1896),tendo, a esquerda, três figuras que fazem parte do
monumento existente junto ao Teatro Municipal de São Paulo, as quais
representam "O Guarani", "Salvador Rosa" e "O Escravo", três de suas
mais importantes óperas.
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Reverso: |
À direita, parte do monumento já referido no anverso e, a esquerda, um piano que pertenceu ao homenageado.
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Período de Circulação:
11.06.90 a 15.09.94
Filho de Manoel José Gomes e Fabiana Maria Jaguary Cardoso, Antônio
Carlos Gomes iniciou os seus estudos musicais aos dez anos, sob a
supervisão de seu pai.
Em 1854, compôs a sua primeira missa, a
de São Sebastião. Depois escreveu o "Hino Acadêmico", a modinha "Quem
sabe?" ("Tão longe de mim distante") e a "Missa de Nossa Senhora da
Conceição".
Em 1860, mudou-se para o Rio de Janeiro e continuou
os seus estudos no Conservatório de Música. Apresentou suas primeiras
óperas: "A Noite do Castelo" (1861), com libreto de Fernando Reis e
"Joana de Flandres" (1863), com libreto de Salvador de Mendonça.
Com o apoio do imperador Pedro II, viajou para a Itália, onde, depois
de ter aulas com o maestro Lauro Rossi, recebeu o título de Maestro no
Conservatório de Milão, em 1866.
Em 19 de março de 1870,
estreou no Teatro Scala de Milão sua ópera mais conhecida, "O Guarani",
com libreto de Antonio Scalvini e baseada no romance homônimo de José de
Alencar. Encenada depois nas principais capitais européias, essa ópera
deu-lhe a reputação de um dos maiores compositores líricos da época.
Em razão das comemorações do aniversário de D. Pedro II, a ópera foi
encenada no Rio de Janeiro e Carlos Gomes permaneceu alguns meses no
Brasil, antes de retornar a Milão, com uma bolsa do Imperador, para
iniciar a composição da "Fosca", que estreou em 1873, no Scala. Mal
recebida pela crítica, mais tarde viria a ser considerada como a mais
importante de suas obras.
Depois de compor "Salvador Rosa"
(1874) e "Maria Tudor" (1879), Carlos Gomes retornou ao Brasil e fez uma
temporada triunfante. Na Bahia e no Rio de Janeiro, dirigiu a montagem
de "O Guarani" e de "Salvador Rosa". Ainda na Bahia, apresentou "Hino a
Camões" e em São Paulo realizou, no Teatro São José, a montagem de "O
Guarani".
A partir de então, Carlos Gomes passou a dividir seu
tempo entre o Brasil e a Europa. No Teatro Lírico do Rio de Janeiro
apresentou "O escravo" (1889), em homenagem à Princesa Isabel e à Lei
Áurea.
Com a proclamação da república, perdeu o apoio oficial e
a esperança de ser nomeado diretor da Escola de Música do Rio de
Janeiro. Retornou a Milão, onde estreou "O condor" (1891), no Scala.
Doente, deprimido e em dificuldades financeiras, compôs seu último
trabalho, "Colombo", que dedicou ao quarto centenário do descobrimento
da América. A obra foi encenada em 1892 no Teatro Lírico do Rio de
Janeiro.
Em 1895, Carlos Gomes dirigiu "O Guarani" no Teatro
São Carlos, de Lisboa, cidade em que foi condecorado pelo rei Carlos I.
No mesmo ano, chegou ao Pará, já bastante doente, para ocupar a
diretoria do Conservatório de Música de Belém, cargo criado pelo
governador Lauro Sodré para ajudá-lo. Morreu em Belém, em 16 de setembro
de 1896.
Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/carlos-gomes.htm
http://www.bcb.gov.br/htms/Museu-espacos/cedulabc.asp
Foto:Coleção/Erildo Nunes