sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Valor: Cr$ 500,00
Anverso: Efígie do cientista Augusto Ruschi (1915-1986), ladeada por alegorias de flora e fauna, destacando-se uma representação da "Cattleya labiata warneri", orquídea que, com dezenas de variedades, é a mais típica do Espírito Santo e a maior flor do gênero no Brasil.

Ruschi examinando orquídeas, aparecendo em destaque a figura de um beija-flor. 

 Augusto Ruschi foi um dos mais vivazes e famosos naturalistas do país. Ganhou notoriedade em 1951, num congresso florestal da Organização das Nações Unidas (ONU), durante o qual previu que as reservas ecológicas, preservando da extinção espécies animais e vegetais e microrganismos, seriam os bancos genéticos e de hábitats do futuro, antes de ficarem famosas as expressões "biodiversidade" e "biotecnologia". Visionário também no campo da Agroecologia, já apontava em seus inúmeros trabalhos científicos (cerca de 500) e livros (23) os perigos dos agrotóxicos e da monocultura do eucalipto. Advertia ainda que o desmatamento é o primeiro passo para a formação de desertos. Amante da natureza, passou a maior parte da vida explorando e estudando a flora e a fauna brasileiras e lutando pela preservação da natureza. Foi um grande estudioso de beija-flores, sendo o autor da maior obra sobre este pássaro do mundo. Classificou 80% das espécies brasileiras de colibris, identificou duas novas e elaborou a descrição de outras cinco e de onze subespécies. Foi notável ainda por seu estudo sobre orquídeas, catalogando mais de 600 espécies e identificando 50 novas. Estudou também as bromélias e os morcegos de seu Estado natal. Ecologista e preservacionista intransigente, impediu, empunhando uma espingarda, que o governo capixaba desapropriasse a Reserva Biológica de Santa Lúcia – onde morava, iniciou e realizava a maior parte de suas pesquisas e foi enterrado –, e a transformasse numa plantação de palmito; interditou o desmatamento autorizado pelo ministro da Agricultura da Fazenda Klabin, um pedaço de Mata Atlântica localizado em Conceição da Barra, no norte do Espírito Santo, onde vivem três espécies de beija-flores em extinção. "A alegria do barulho desses beija-flores não vai silenciar enquanto eu existir", disse em entrevista à imprensa. Seus principais trabalhos estão reunidos nos livros Aves do Brasil e Os Beija-flores do Espírito Santo.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/klick/0,5387,1945-biografia-9,00.jhtm
http://www.bcb.gov.br/htms/museu-espacos/cedulas/CR90.asp?idpai=CEDBC#CR50000
Foto:coleção/Erildo Nunes

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